O POVO QUER MARCELO MIRANDA NA CADEIA!Presos na operação Ápia são ouvidos por juíza em audiências de custódia

Presos na operação Ápia são ouvidos por juíza em audiências de custódia

Ao todo, 15 pessoas já se entregaram à Polícia Federal e foram presos.
Juíza manteve a prisão dos seis ouvidos pela manhã.

Do G1 TO
Depois de passarem a noite na Casa de Prisão Proviória de Palmas (CPP), os 13 presos na operação Ápia foram levados para a sede Justiça Federal para as audiências de custódia nesta sexta-feira (14). O ex-governador Sandoval Cardoso e outras 12 pessoas foram presas nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal. Eles são alvos da operação que investiga o desvio de recursos federais nas construção e recuperação de rodovias no Tocantins.
As audiências estão sendo feitas de forma individual, o juíza ouve cada um dos presos por cerca de 20 minutos. Sandoval Cardoso deve ser um dos últimos a ser ouvido, porque também foi um dos últimos a ser preso. A previsão é de que os 15 que já se entregaram sejam ouvidos até o fim do dia. Dos seis suspeitos ouvidos de manhã, a juíza manteve a prisão temporária de todos.
15 mandatos de prisão já foram cumpridos  (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Presos são ouvidos em audiências de custódia
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Os advogados dos presos que estão sendo ouvidos fizeram um pedido à juíza para que eles não voltem para a CPP por causa da rebeleião que houve no local, na manhã desta sexta-feira. Uma comissão de delegados da Polícia Federal foi até a unidade para avaliar como está a situação.
Sobre o destino dos presos, o delegado regional de investigação da PF disse que a decisão é da juíza do caso. "O caminho natural é que eles voltem para a Casa de Prisão Provisória de Palmas. E se ele entender que o local não seja adequado, ela dará um outro destino no caso das prisões serem mantidas.
Malta falou ainda sobre os mandados de prisão e condução coercitiva que ainda não foram cumpridos. "Neste momento ainda temos seis mandados de prisão em aberto, estamos fazendo diligências para localizar essas pessoas. Alguns advogados tem feito contato para falar da apresentação do cliente, mas, a princípio, onde eles forem encontrados a prisão será efetivada. Da mesma maneira as conduções coercitivas que estão pendentes".
Outras prisões
O ex-secretário de infraestrutura do Estado Kaká Nogueira e outro investigado se entregaram à Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (14). Eles são alvos da operação Ápia, que investiga o desvio de recursos federais na construção e recuperação de rodovias no Tocantins. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões. Conforme a PF, outros presos devem se entregar durante o dia.
Dos 21 suspeitos que tiveram a prisão temporária decretada, 15 já foram presos.
O ex-governador Sandoval Cardoso (SD), que se apresentou no começo da noite de quinta-feira (13), deve ser o último a ser ouvido pelo juiz. Ele chegou à sede da PF dirigindo um carro de passeio e depois foi levado para Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). A defesa dele disse que vai colaborar com as investigações.
G1 ainda tenta contato com a defesa do ex-secretário Kaká Nogueira.
Empresas investigadas
As empresas MVL Construções, Construtora Centro Minas (CCM), Barra Grande Construções, EHL, Empresa de Projetos de Engenharia Ltda, CSN Engenharia e Construtora Rio Tocantins (CRT) estão sendo investigadas pela Polícia Federal na operação Ápia.
A MVL Construções informou que não praticou nenhum ato ilícito e que ainda está tendo acesso às informações do processo para depois se pronunciar.
A CCM  informou que não teve acesso ao processo, mas que participou apenas de obras de conservação e manutenção de rodovias. Além disso, garante que não tem envolvimento em qualquer ato ilícito, mas que executou a obra conforme ganhou a licitação internacional. A empresa informou ainda que existe uma dívida do Estado para receber.
A empresa Barra Grande Construções não quis se pronunciar. Já a EHL disse que não tem participação em nenhum dos crimes apontados pela Operação Ápia e que está colaborando com as investigações prestando todas as informações necessárias.
A Empresa de Projetos de Engenharia Ltda, CSN Engenharia e CRT (Construtora Rio Tocantins) não se pronunciaram sobre o caso.
Esquema
Segundo informações da Polícia Federal, a organização suspeita de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e empresários. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões.
O superintendente regional da PF no Tocantins, Arcelino Vieira, disse que os núcleos eram formados com a intenção de fraudar e burlar a fiscalização de forma a conseguir lucrar com os serviços, que muitas vezes não eram executados.
"O núcleo político era composto por pessoas que compunham o alto escalão do Estado, dois ex-governadores [Sandoval Cardoso e Siqueira Campos] que, através de contratos com Banco do Brasil, conseguiram empréstimos internacionais", disse.
O delegado explicou que os empréstimos estavam fundamentados em uma lei estadual, a qual também autorizou o estado a criar um comitê executivo que gerava os recursos e os distribuía para várias secretarias estaduais. Uma delas era a Secretaria de Infraestrutura (Agetrans) que fazia a licitação e o acompanhamento de todas as obras.
Segundo a investigação da PF, os recursos conseguidos através de três linhas de crédito somavam R$ 1,2 bilhão. Deste valor, a Agetrans ficou com R$ 850 milhões para investir em obras nas rodovias, mas os contratos receberam aditivos que se computados, ultrapassariam R$ 1 bilhão.
"Os editais eram recheados de cláusulas restritivas à concorrência que favoreciam empresários do grupo. Ao final se constatou que havia ajuste de preços para dividir o lote entre seis empresas. Está bem clara a existência de um cartel para o fim de fraudar as licitações e desviar dinheiro público federal", explicou o procurador da república José Ricardo Teixeira.

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