Oposição síria pede reunião urgente da ONU para impedir massacre em Alepo


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Oposição síria pede reunião urgente da ONU para impedir massacre em Alepo

Neste domingo, quatro pessoas morreram. No sábado, total de vítimas chegou a 168, entre eles 94 civis

Retrato do presidente sírio, Bashar al-Assad queimando durante confrontos entre rebeldes e as tropas sírias no distrito de Salaheddin norte da cidade de Aleppo
Retrato do presidente sírio, Bashar al-Assad queimando durante confrontos entre rebeldes e as tropas sírias no distrito de Salaheddin norte da cidade de Aleppo (Bulent Kilic/AFP)
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição ao regime, pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU. O objetivo do encontro seria impedir o massacre de civis que o regime sírio pretende cometer, segundo o conselho, em Alepo. Em um comunicado, o CNS pede ao Conselho de Segurança que adote "as medidas necessárias para proteger os civis".

O comunicado também solicita "aos países amigos do povo sírio” a imposição de uma zona de exclusão aérea e a instauração de zonas seguras para dois milhões de deslocados. Os violentos combates prosseguem neste domingo em Alepo, a segunda maior cidade da Síria, 355 km ao norte de Damasco. Os rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad permanecem entrincheirados em alguns bairros, em uma tentativa de resistir à ofensiva do Exército.

Pelo menos quatro pessoas morreram na Síria neste domingo, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No sábado, 168 pessoas faleceram, sendo 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados. "Os confrontos prosseguem neste domingo, sobretudo nos bairros de Bab al-Khadid, Zahraa e Arkuba", afirma um comunicado do OSDH, que também relata explosões e a presença de aviões das Forças Armadas em Alepo.

Os insurgentes conseguiram deter no sábado os primeiros ataques do Exército no bairro de Salahedin, um reduto rebelde. Com as últimas notícias, o mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, afirmou que teme uma batalha iminente em Alepo, que é a capital econômica da Síria. "Estou preocupado com as informações sobre a concentração de tropas e armas pesadas nos arredores de Alepo à espera de uma batalha iminente na maior cidade da Síria", afirmou Annan.

O mediador também destacou que as duas partes devem trabalhar para uma solução política porque, segundo ele, a escalada militar em Alepo evidencia a obrigação da comunidade internacional de chegar a um acordo para persuadir as partes de que apenas uma transição política resolverá a crise.

Sábado
- Regiões de Alepo viveram no sábado a mais violenta repressão desde o início da crise no país, há 16 meses. As forças do regime de Bashar Assad iniciaram um bombardeio de preparação para a ofensiva que pretende recuperar as áreas em poder dos rebeldes na cidade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

As forças mobilizadas para a ação, posicionadas há vários dias nos arredores da metrópole, seguiram para o bairro de Salahedin, onde está a maioria dos rebeldes. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sábado após o ataque das tropas sírias contra os bairros rebeldes de Alepo, cidade considerada vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de helicópteros, as áreas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exército iniciou a ofensiva depois de receber reforços.

Mortes
- Segundo o OSDH, pelo menos 20.000 pessoas, incluindo 14.000 civis, morreram na Síria desde o início dos protestos contra o regime de Assad, em março de 2011. Os confrontos prosseguem em vários pontos do país. No sábado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição, pediu aos países "irmãos" e "amigos" que forneçam armas aos membros do Exército Sírio Livre (ESL), formado por desertores e civis.

Papa- O papa Bento XVI lançou neste domingo um apelo pelo fim imediato do derramamento de sangue na Síria, pedindo à comunidade internacional que faça tudo para ajudar a solucionar o conflito."Eu continuo a acompanhar com preocupação os eventos trágicos e violentos crescentes na Síria com a triste sucessão de mortos e feridos", declarou o papa, após a oração dominical do Angelus em sua residência de verão de Castel Gandolfo, próximo a Roma.

"Eu renovo um apelo urgente pelo fim de toda a violência e do derramamento de sangue", disse e acrescentou: "Que nenhum esforço seja poupado, em particular, por parte da comunidade internacional para chegar uma solução política justa para o conflito".

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