QUILOMBOLA
Jodevaldo Pereira 01/11/2011
Os povos remanescentes de Quilombos chamam a atenção pelos seus
costumes. Nas Comunidades de Lagoa da Pedra, em Arraias, a 415 km de
Palmas, e Redenção, em Natividade, região Sudeste, por exemplo, são cerca
de dois séculos de história.
Porém no Tocantins, é preciso avançar mais no conhecimento sobre
os aspectos históricos, culturais, lingüísticos e sociais dessa população. Com
a intenção de estudar de maneira científica as comunidades, a pesquisadora
da UFT – Universidade Federal do Tocantins, Karylleila dos Santos Andrade
desenvolve uma pesquisa com o apoio da Secretaria Estadual da Ciência e
Tecnologia, por meio do PPP – Programa Primeiros Projetos desenvolvido em
parceria com o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico.
Dos vinte grupos já reconhecidos como remanescentes de quilombolas
o projeto científico vai trabalhar diretamente com as comunidades: Morro de
São João, município de Santa Rosa, a 140 km de Palmas, Corrente Grande e
Malhadinha, em Brejinho de Nazaré, região Central, Redenção, em Natividade,
e Lagoa da Pedra, em Arraias, na região Sudeste. “Nós escolhemos estes
grupos pela proximidade e pelo valor histórico que eles tem para o Estado do
Tocantins”, explica a pesquisadora Karylleila dos Santos Andrade.
O Estudo tem a participação das pesquisadoras, Kátia Maia Flores
doutora em história, Roseli Bdnar, mestre em Literatura e de alunos dos cursos
de artes e filosofia da UFT. No primeiro momento será feito um contato de
reconhecimento para que a comunidade perceba a importância da pesquisa
para o local.
“O projeto aborda os conhecimentos desses povos porque nós não
temos ainda um trabalho de pesquisa do ponto de vista das práticas culturais e
históricas dessas comunidades”, informa Karylleila Andrade, que é doutora em
Lingüística,
A pesquisadora também destaca que o intuito do estudo é sistematizar
o conhecimento dos povos quilombolas do ponto de vista acadêmico e
intelectual, para que a sociedade conheça as práticas culturais e sociais dessa
população afrodescendente.
No final da pesquisa que será realizada no prazo de dois anos será
publicado um livro com as informações e dados obtidos a partir das visitas
in loco, e também um acervo fotográfico e um vídeo. Ainda será montado
um espaço em cada comunidade, onde o morador vai ter acesso ao material
da pesquisa. “Queremos ainda que o projeto seja ampliado e ganhe mais
abrangência gerando outras pesquisas e estudos,” comentou a pesquisadora
Karylleila Andrade.
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